Esses dias, o Matt Yglesias se saiu com um tuíte tão bem-humorado quanto correto, em que dizia (em inglês) que “pessoas que dizem que empregos perdidos para a tecnologia *não podem* ser recuperados deveriam tentar comprar gasolina em New Jersey. Qualquer coisa é possível; só que talvez seja estúpido”.
Conversando sobre o assunto com o Cisco, ocorreu-me que era estranho não existir *um* posto sequer com auto-atendimento, no Brasil, por mais que esse tipo de mão de obra não seja proibitivamente cara por aqui—ainda mais porque me lembrava de isso existir quando era criança. Conhecendo nosso impávido colosso, postulei que deveria haver alguma lei, provavelmente surgida a partir da pressão de sindicatos, que ou proibia tal prática diretamente, ou a tornava de alguma forma impraticável.
Isso mesmo: em 2000, o então presidente Fernando Henrique Cardoso sancionou a Lei nº 9.956, de autoria do deputado Aldo Rebelo, hoje Ministro da Ciência, Comunicação e Tecnologia. A lei proíbe o funcionamento de bombas de auto-serviço em todo território nacional e aplica multas – e até fechamento do posto – caso seja descumprida.
Não só a lei existe, como ela é de autoria do Aldo Rebelo! Difícil imaginar mais perfeito retrato de nosso Brasil varonil.
Em subsequente pesquisa, descobri que desde 2014 tramita um projeto de lei pelo Congresso, com o objetivo de revogar tal pérola de nosso ex-Ministro da Tecnologia. Obviamente, o sindicato da categoria é contra e apela para a gritaria sempre que há alguma novidade quanto ao assunto. Quem sabe quando a maior parte de nossa frota for de carros elétricos e autônomos, o PL possa ser aprovado.
Listen in this episode as Michael Bond, explains that the more research the social sciences conduct, the less the idea of a mindless, animalistic mob seems to be true. He also explains what police forces and governments should be doing instead of launching tear gas canisters from behind riot shields which actually creates the situation they are trying to prevent.
As a task force appointed by Chicago’s mayor, Rahm Emanuel, noted in April, “The collective bargaining agreements between the police unions and the city have essentially turned the code of silence into official policy.”
O G1 questionou a SSP sobre o que a pasta considera como “objetos utilizados em atos de vandalismo”, mas não obteve resposta até a última atualização desta reportagem.
Chances de aquelas conversas lá de cima serem discutidas aqui num futuro próximo? Eu recomendaria esperar deitado em uma cama bem confortável.
Using a simple communication game between a potentially biased media firm and unbiased consumers, I explore the incentives for information acquisition in the media market. When information is costly, bias provides an additional incentive for a firm to acquire it in the first place. I also show that competition among firms improves the welfare of consumers, and those improvements do not depend on a diversity of biases. In other words, having two firms of opposite bias does not improve the welfare of consumers any more than having two firms of the same bias.
Desse estudo aqui. Passei reto pela demonstração matemática—ainda que, me parece, dê para entender tudo com um mínimo de esforço, não é como se eu tivesse conhecimento suficiente para poder questionar alguma coisa—, mas a explicação lógica parece fazer bastante sentido, a começar pelo fato de considerar o custo da reportagem para a publicação e da leitura para o leitor.
E mesmo no mundo real, embora eu ache que a autora dá crédito demais para a preocupação da opinião pública com a fabricação de informações—pelo menos numa realidade onde existem grupos de interesse com bolsos fundos para sustentar tais publicações—, acho que o histórico de furos de publicações como Veja e Carta Capital mais do que demonstra um mínimo de razão nas conclusões. Fica a dúvida: chances de algum professor falar sobre o assunto em uma faculdade de jornalismo?
Ainda que não estivesse gostando da série, só ter me apresentado a existência de mais essa belíssima cover do Jeff Buckley já valeu o fato de Roadies existir.
Inclusive, creio que gostar de música é mais que suficiente para, ao contrário da maioria das resenhas que já li, apreciar a série.
“It was never meant to give a vernacular that then makes it OK to stop talking,” Ms. Capodilupo said. “It was to ask people to be flexible in their thinking and to be open-minded to the concept that we don’t all walk through the world in the same shoes.”
Ativistas transformaram algo que era para gerar discussão em uma ferramenta de absolutismo e opressão à divergência? Jamais passou pela minha cabeça.