sonhar não custa nada

Quem dera:

Sometimes we find ourselves in a serious discussion, debate, or argument, and we begin to criticize the person instead of the point they’re making. Raptitude recommends breaking that habit to be more effective in our interactions with others.

O que me lembra que a única razão, talvez, para eu não ter achado Anathem insuportável foi pela noção de uma espécie de religião baseada no método socrático, e a forma como Stephenson a descreve – especialmente como os fraas e suurs precisam ter cuidado ao conversar com pessoas de fora dos concentos, por elas se ofenderem ao terem seus argumentos questionados.


Toda opressão gera uma reação

Whether or not the suicides are statistically significant, the deaths have clearly shaken the entrepreneurs. Many point directly to Hsieh, the enigmatic leader who guided hundreds into his experiment in the desert.

“Startups are a major stressor, and it can be a trigger for dormant stuff that’s already there,” said Kimberly Knoll, a therapist who works with Downtown entrepreneurs. “The difference here is the focus on happiness — that’s a goal. But if we negate the negative emotions in our lives, it takes us away from happiness and brings around shame. The whole idea of Downtown is grand and wonderful and purposeful, but sometimes the way we’re going about it isn’t psychologically healthy.”

Boa leitura pra quem entra na onda de coisas como #100HappyDays. Confesso que sempre achei a “cultura de felicidade” da Zappos, pelo menos como aparece em documentários como The Naked Brand, no limite da hipomania. Esse tipo de história só reforça minha impressão.


Que tal falarmos em desmilitarizar a polícia, ao invés de fazer política?

Como se diz pelas redes sociais afora, essa é a “polícia do Alckmin”:

O problema é que essa era a “polícia do Arruda”:

Essa, a “do Beto Richa”:

A “do Eduardo Campos”:

E vocês podem imaginar aonde isso vai parar.

Quem me conhece sabe o quanto uma das leis brasileiras que mais me tira do sério é a “apologia ao crime”, um termo canalha obviamente cunhado com o objetivo de punir qualquer forma de opinião porventura julgada inadequada (por exemplo, marchas e manifestações pró-descriminalização de alguma droga). Em especial, quando alguém acaba preso por causa dessa lei absurda, me irrito com o inevitável discurso de “mas que absurdo, nos dias de hoje, alguém ser preso por dizer que fuma maconha” no lugar de se lutar contra a estupidez que permite essa prisão para começo de conversa.

Da mesma forma, esse tipo de discurso de “polícia do _________” me incomoda por focar a energia de tanta gente em uma discussão política mesquinha no lugar de se lutar contra o que é um problema endêmico: a violência, truculência e total falta de noção ou respeito de uma polícia militarizada, operando a partir de uma visão de “precisamos ensinar uma lição a essa gente”, herdada dos tempos da ditadura. O problema não é o Alckmin, o Aécio, o Tarso ou o Cabral (e se paulistas ainda têm alguma dúvida quanto a isso, talvez a reação do prefeito Haddad diante da recente violência em uma ação de reintegração de posse no centro de São Paulo possa deixar mais claro o quanto o problema é supra-partidário), mas sim o conceito de polícia nesse país.

Em se tratando de São Paulo, que me afeta mais diretamente, adoraria ver Geraldo Alckmin não ser reeleito, ainda que tudo indique que as chances de isso acontecer são pífias. Mas tenho certeza que fossem Skaf, Padilha ou qualquer outro sentados no Palácio dos Bandeirantes a partir do ano que vem, a polícia paulista, a “polícia do Alckmin”, continuaria agindo da mesma forma. Porque, no fim do dia, eles são apenas “a polícia”, agindo conforme seu treinamento e cultura, e não robôs seguindo ordens de um governador.


Toco y me voy

Apenas para informar, aos dois ou três imaginários leitores desse blog, que, a partir dessa quarta-feira, vou passar dois meses Montevidéu. Por me parecer mais apropriado, notícias e impressões da capital uruguaia – bem como eventuais arredores que acabar por visitar – serão mantidas lá no Paulicéia. A quem interessar, o RSS é sempre serventia da casa.


Das coisas que não entendo

Mais de 10 anos atrás, criaram uma série de TV meio cagada chamada Mysterious Ways. Era pra ser uma coisa meio Arquivo X para paranormalidade e fenômenos inexplicáveis. Lembro de ver dois ou três episódios só, mas o IMDb informa que durou três temporadas.

Num desses episódios a que assisti, porém, teve uma das mais belas – quiçá a mais bela – interpretações de Amazing Grace que já ouvi. É uma versão voz e violino cantada pela Natalie Maines, a mais massa das Dixie Chicks.

Lembro de, na época, procurar pela música nos Napsters da vida e só encontrar um rip do áudio desse clipe. Hoje, por razões de outrossim, acabei me lembrando da existência dessa versão e resolvi dar uma pesquisada, imaginando que teria sido lançada de alguma forma mais oficial.

Porém, parece que não. Tudo que consegui achar foi esse mesmo clipe e áudios ripados dele. Aparentemente a música foi gravada pro seriado (“Amazing Grace” era o nome do capítulo em questão, inclusive) e nunca ninguém fez mais nada com a música. Pra deixar a história ainda mais irritante, a LeAnn Rimes, a mais gata das Dixie Chicks, tem duas versões “oficiais” da música, uma em estúdio e outra ao vivo, ambas acapella e muito, mas MUITO inferiores à da Natalie Maines.

Acho realmente bizarro esse tipo de coisa, um artista conhecido gravar uma música pra um programa de TV, a mesma nunca ser lançada oficialmente e, se não fosse por alguma boa alma no YouTube, correr o risco de se perder na série de tubos da internet.


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